Antes de entrar propriamente no assunto desta matéria, que é a dupla Márcio Fonseca/Miguel Costa Jr., quero me alongar em uma tese. Por força da minha profissão, leio praticamente tudo o que posso relacionado com a nossa área de automobilismo. Vai desde publicações impressas nacionais e estrangeiras (meu inglês é uma droga, mas dá para o gasto) a sites especializados ou não. De blogs de profissionais ou fãs a portais de maneira geral. Também de press-releases a fóruns de automobilismo e assuntos correlatos. E nessa fase de assessor da CBA, de portarias administrativas a despachos de juízes.
Diante desse volume todo, tenho me deparado e aprendido a respeitar essa nova geração, de profissionais de imprensa, dedicada ao automobilismo. Eu, que tive a honra e o privilégio de aprender com mestres como Marcus Zamponi, Roberto Ferreira, Cecílio Favoretto e Lito Cavalcanti, entre outros, hoje me vejo, quando me é solicitado, dando alguns palpites.
Não que eu me compare aos mestres citados, muito menos que eu tenha algo a ensinar, mas como lá se vão quase 30 anos, algumas coisas eu aprendi. Nesse sentido, mesmo sem ter sido solicitado desta vez, vou aqui dar um palpite.
Embora essa nova geração mereça todo o meu respeito e audiência, sou obrigado a ler coisas de doer, que recebo diariamente. Por mais absurdo que seja, não são raros press-releases noticiando que “Fulano de Tal está ANIMADO/MOTIVADO/OTIMISTA para a corrida” ou “Fulano de Tal QUER O PÓDIO/A VITÓRIA/A POLE na corrida Tal”.
Pergunto: tem algum piloto que não quer a pole, a vitória, ir ao pódio? Isso só seria factível se o assessorado fosse um perturbado mental, que deliberadamente NÃO QUER VENCER, NÃO QUER FAZER A POLE, NÃO QUER IR AO PÓDIO. Só que agora, como ele mudou de idéia e resolveu encarar a coisa de forma séria, o querer virou notícia.
Parece piada, mas isso acontece e se potencializa em categorias top como a Stock V8. Competitiva, com equipes, pilotos e patrocinadores de nível, além de grande destaque na mídia, é lógico que a guerra entra as assessorias de imprensa tenha se tornado uma realidade. Não incluo aqui a assessoria oficial, que sob o comando preciso do jornalista Marcelo Eduardo Braga tem um papel abrangente no processo.
Falo das assessorias particulares, as de pilotos e equipes. São cerca de 30 fontes diferentes de notícias, via assessoria de imprensa, desde que a temporada de 2008 começou. E observe que estou falando apenas na V8 e não necessariamente tenha eu tido acesso a todas as existentes. Essas são as que chegaram até mim.
Agora, coloque-se no lugar de um cara na redação, não necessariamente um entendido no assunto, recebendo “quilos” de press-releases sem conteúdo? Por experiência própria, o material vai para o lixo e a assessoria fica negativamente marcada. Então, há de se colocar a cabeça para funcionar e gerar notícias de qualidade, criar pautas interessantes e se sobressair à mesmice que “inunda” as redações.
Como reverter esse quadro?
Claro que trabalhando e superando a tentação de transformar a assessoria de imprensa na função de disparar press-releases por e-mail. Vale, também, observar quem é mestre nesse papel diferenciado e profissional. Felizmente temos vários deles atuando em nossa área, mas hoje é dia de fala de dois deles.
Pronto, cheguei ontem queria!
Nesse item, poucos se assemelham à competência e à criatividade – e também à disposição quase braçal de transformar, com lampejos de genialidade, o igual em algo diferente e noticiável – com que o jornalista Márcio Fonseca, da MF2, e o fotógrafo Miguel Costa Jr. (http://www.miguelcostajr.com/) presenteiam o meio quase que diariamente.
Eles têm conseguido colocar na mídia pautas inteligentes não apenas em razão dos adjetivos citados que possuem individualmente, , mas também pelo “casamento” profissional de primeira linha. É uma "troca de passe" precisa, com gol certo. Esses dois, esbanjando profissionalismo, são mestres. Portanto, pessoal, mirem-se em Márcio Fonseca e Miguel Costa Jr. Esses dois fazem a diferença na assessoria de imprensa de automobilismo no Brasil.
Nesse item, poucos se assemelham à competência e à criatividade – e também à disposição quase braçal de transformar, com lampejos de genialidade, o igual em algo diferente e noticiável – com que o jornalista Márcio Fonseca, da MF2, e o fotógrafo Miguel Costa Jr. (http://www.miguelcostajr.com/) presenteiam o meio quase que diariamente.
Eles têm conseguido colocar na mídia pautas inteligentes não apenas em razão dos adjetivos citados que possuem individualmente, , mas também pelo “casamento” profissional de primeira linha. É uma "troca de passe" precisa, com gol certo. Esses dois, esbanjando profissionalismo, são mestres. Portanto, pessoal, mirem-se em Márcio Fonseca e Miguel Costa Jr. Esses dois fazem a diferença na assessoria de imprensa de automobilismo no Brasil.

A foto, como não poderia deixar de ser, é de Miguel Costa Jr.
3 comentários:
O Miguel, sem dúvida é o melhor fotógrafo de automobilismo. Trabalhar com ele, mesmo que indiretamente, é fazer escola. Suas fotos são motivos de aprimoramentos para todos que querem melhores imagens.
Concordo plenamente!
Miguel Costa Jr. é ao mesmo tempo o Mestre e o paradigma de toda uma geração de fotógrafos que cobrem o mundo da velocidade.
Também concordo que textos de Marcio Fonseca sejam diferenciados. Informativos, na medida certa e o principal, escritos em bom português...
Claudio Reis
Uma imagem vale mil palavras, diz o ditado.
No caso do Miguel, eu diria, valem ALGUMAS mil palavras :)
Enquanto concordo com o teor do teu post, Américo, vale ressaltar que primeiramente o "contratante", seja ele piloto, seja ele patrocinador, seja ele chefe de equipe, ENTENDER o verdadeiro sentido de um bom trabalho de divulgação.
É o caso do Xandy e do Matheiss, que visam contratar qualidade sempre e estão dispostos a remunerar trabalho profissional.
Mas tem o outro lado da moeda Tabém. Pois na maioria das vezes a preferência é que o serviço seja "baratinho", "preço camarada" e assim por diante. O resultado invariavelmente é de pouca qualidade e criatividade.
Por isto que nunca fiz e continuo não fazendo assessoria no Brasil: É dificil encontrar quem esteje disposto a pagar por qualidade neste setor!
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