4 de out. de 2008

Helinho não é bandido

Para início de conversa, Hélio Castroneves não é bandido e não pagou US$ 10 milhões de fiança. Não é assim que funcionam as coisas. Não tenho detalhes do processo, mas nesses casos o acusado oferece garantias de pagamento futuro, que será feito somente no caso de condenação. Talvez tenha pago uma parte menor, mas nunca o valor total. Ele não é um condenado. Isso significa dizer que o piloto brasileiro é réu em um processo. Até que se prove o contrário - e o julgamento de janeiro servirá para determinar culpa ou inocência - ele é inocente. São impróprias e, inclusive passíveis de processo posterior por danos morais por parte da família Castro Neves, alusões a culpabilidade antes de um desfecho do caso.

Faço aqui um adendo para falar em primeira pessoa. Conheço o Helinho há 22 anos, intercalando períodos de convivência bem próxima - como, por exemplo, viajar comigo para as corridas ou dormir na minha casa - com outros mais distantes, principalmente nessa fase norte-americana. Sempre, porém, sem perder o contato. Frequentei a casa dos Castro Neves e acho que conheço razoavelmente bem cada um deles. Por isso, sou ferrenho partidário da tese de que o Helinho é inocente nessa história.

Pode até ter cometido algum erro involuntário e/ou induzido. Mas, com certeza, ele não é o bandido que está sendo pintado nos últimos dias. É um desportista, lutador, competitivo dentro e fora das pistas. Mas, bandido, nunca!

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