6 de jan. de 2009

A FÓRMULA 1 DOS ANOS 70


Numa mesma imagem, Ronnie Peterson (Lotus 72E Ford Cosworth) liderando Emerson Fittipaldi (Lotus 72E Ford Cosworth) e Jackie Stewart (Tyrrell 006 Ford Cosworth) no Grande Prêmio da Suécia de 1973
Foto Ford Motor Company

É muito difícil não “viajar” no tempo e se deparar com os anos 70 quanto o assunto a ser debatido verte sobre os grandes pilotos do automobilismo mundial, principalmente da Fórmula 1. Não se estabelece, aqui, nenhum traço de demérito aos ases anteriores ou posteriores a esse período. Muito pelo contrário, foram os pioneiros da década de 50 e 60 que percorreram a árdua “estrada” e projetaram a categoria para o estouro da popularidade que viria a seguir. Já o advento dos motores com turbocompressores, a presença mais pronunciada das montadoras no cenário da Fórmula 1 e a busca incansável pela alta tecnologia deram áreas estratosféricos à competição nascida em 13 de maio de 1950, com a realização do Grande Prêmio da Inglaterra de 1950.

Mas o período compreendido entre 1970 e 1980 produziu uma história tão rica, sob tantos aspectos, que representou a porta de entrada de milhões de aficionados ao mundo aparentemente mágico da Fórmula 1. Grandes e insuperáveis ídolos se formaram com demonstrações de coragem e perícia que até hoje fazem parte do imaginário dos fãs e preenchem páginas e páginas de livros de histórias.

Quando se conhece mais intimamente a realidade da Fórmula 1 daqueles tempos, seguramente a certeza que fica é a da paixão como mola propulsora dos acontecimentos. As equipes, na esmagadora maioria, eram formadas por pilotos, mecânicos e pessoas envolvidas com a raiz do esporte. Por mais segurança que pudessem proporcionar aos seus condutores, os carros eram criações rudimentares se comparadas às células de sobrevivência em fibra de carbono e outros quesitos que fazem dos atuais bólidos quase que indestrutíveis.

As pistas, muitas delas ainda fazendo parte do Mundial, sediaram provas que mais pareciam filmes de terror, tamanha era a falta de estrutura e de segurança que imperavam em algumas praças esportivas famosas que recebiam anualmente aquela trupe. Por tudo isso, quando me vejo num dia como hoje, sem nada de realmente relevante para escrever aqui, vou buscar “refúgio” na “minha” Fórmula 1 dos anos 70.

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